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Capítulo 09: Aidam x Mio

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Mensagem  anny_otaku Sex Fev 15, 2013 1:22 am


Esse capitulo decidi fazer com os pontos de vistas dos dois personagens, e tentei colocar o Aidam como 1° pessoa e a Mio como 3° mas acho que não ficou perfeito, mas o que espero que gostem e da historia, a escrita continuarei tentando melhorar...Sobre o capitulo, finalmente temos o encontro da Mio e o Aidam e uma previa do que aconteceu com o Tanda no capitulo anterior, já que a Vivi queria tanto saber ainda nesse capitulo. Capitulo especialmente dedicado a Vivi (desejo melhoras amiga).


Capítulo 09: Aidam x Mio Anny
Aidam

A cidade era enorme, e os humanos em abundância andando na rua, um mago como eu poderia perceber quem era humano e quem não era, agora estava saindo de uma bar, mais uma frustrada tentativa de encontrar essa deusa, mas tinha visto varias espécies diferentes em cenas corriqueiras como um vampiro abraçado com seu jantar indo para algum lugar, depois vi uma fada tentando seduzir os humanos com sua voz numa praça, sabia que nunca se deve dar ouvidos a uma fada? Elas te enfeitiçam e depois você será escravo delas. Havia visto muita coisa enquanto fazia a busca, mas muitos desses seres nem eram conscientes dos outros ao seu redor.

Por exemplo, os anões sempre acreditam que são os únicos seres mágicos, e por isso nunca os magos se envolvem com eles... alguns se passam por humanos para engana-los, mas não acho graça nisso.

Estava indo para o último bar dessa noite e iria desistir por hoje quando estava atravessando uma faixa de pedestres e um homem esbarrou levemente em mim... já falei que esses humanos são desastrados?

Mas esse me intrigou, pois senti levemente um pouco de magia nele. Um vestígio de magia? Não sei, deixei minha magia ser visível e vejamos se ele sente algo. Ele continuou andando como se não tivesse sentido nada. Bem deve ter sido um engano meu, as vezes acontece vai saber, deve ser por isso que depois senti alguém me seguindo, e por isso entrei no bar Underground mais próximo, se ele entrasse, saberia com certeza...sentei no fundo e fiquei de olho na porta...era só esperar um cara de 30 anos, branco, com casaco bege, e calça bege, mas ninguém entrou com essa descrição. Só um viu um homem de cabelo ruivo, olhos azuis* (*A aparência do tanda), caso preto e calça bege, ele entrou e foi direto para o balcão, com a chegada desse cara perdi a sensação de estar sendo seguido, eu estava perdendo o jeito se me distrai com esse cara. Depois de uns minutos de espera cansei e decidi ir embora, quando estava passando entre a porta e o balcão, o cara ruivo virou no banco e me encarou por um segundo e depois deu um sorriso como se vise uma piada na minha cara. Eu não costumo acreditar em amor a primeira vista, mas esse me irritou a primeira vista.

Mio

Ela havia saído do serviço e estava indo para casa, quando sem querer esbarrou em um homem na rua, esses homens nunca sabem andar sem esbarrar em alguém? Antigamente dava de andar na rua sem ver uma alma viva, agora você torcia para não ver nenhuma. O estranho é que quando ela esbarrou nele, ou melhor, ele esbarrou nela, ela não sentiu ou viu nada nele, e ela sempre via alguma coisa da pessoa, mesmo que ela tivesse total controle de seus poderes, quando ela topava assim com alguém novo, algum vislumbre aparecia, e então alguns passos a frente ela sentiu um fonte de magia, ela fingiu não ver nada, e seguir em frente como se nada tivesse acontecido, se fosse um lobo seria complicado lutar com ele no meio de tantos humanos....ok, tinha uns que não eram humanos, mas mesmo assim ela não queria mostrar o lado furry* (*fofo/peludo) dos lobos para os humanos assim...depois de chegar na esquina, entrou no primeiro beco que viu e mudou sua forma (homem de roupa bege, cabelo marrom) para uma copia do seu irmão Tanda, ele não se importaria se não soubesse não?! O seu casaco era daqueles que podem usar os dois lados, então ela virou ele para o lado preto e continuou com as roupas de baixo e voltou o caminho e seguiu o cheiro do cara estranho, afinal ele era estranho, uma roupa totalmente limpa, sem cheiro de uso ou de envelhecimento?

Ele entrou no bar em uma esquina, quando ela o seguiu ate lá dentro ficou no banco do balcão mais próximo a saída, pois viu a quantidade de seres que estavam naquele local, nenhum era humano isso ela poderia dizer, mas não conseguia identificar todos os tipos que tinha ali, alguns vampiros, um lobo, e um fantasma, o resto ela não sabia, e isso dava umas 15 pessoas ou seres, já que não eram humanos, ela pediu um drink e fingiu beber, o garçom já a havia visto antes, sempre que ela ia naquele local usava a aparência do Tanda. Enquanto analisava o local, o cara estranho estava sentado no fundo, na ultima mesa do local. Agora que estava ali, ela podia analisar ele direito. Ele estava vestido com camisa e calça preta com detalhe em xadrez, tipo caipira novato na cidade grande, mas a aparência era ate passável, cabelo preto encaracolado, olhos pretos escuros, e não aquele marrom escuro, tirando a roupa e deixasse o Loki vesti-lo, ele seria daqueles que fazem uma garota virar a cabeça para olhar, mas com aquelas roupas, só faria as garotas olharem para o outro lado. Mas então quando estava decidindo o que fazer, ele se levantou e se dirigiu para a saída. Era melhor fazer algo, ou perderia a chance de descobrir porque ela não conseguiu ver o futuro dele. Ela decidiu ser um pouco Mio mesmo...

-Olá, não ouvi você se desculpar por ter esbarrado em mim ainda.

Aidam

- Esbarrado em você? Esta louco?

-Não se lembra de quem viu a menos de 20 minutos na rua? Deve ser a idade, eu tenho certeza que ser magico te ajuda a esconder as rugas, mas não disfarça a perda de memoria, senhor...

Nessa hora, ela viu um brilho nos olhos dele, como se tivesse um tigre a encarando.

“Acho que ele era sensível a questão de idade?” ela pensou.

- Meu nome é Aidam, e não sou senhor então tire esse velho da sua frase! E me lembro que você estava com um aparência diferente a 20 minutos atrás...

Ele se levantou esticando os braços como se fosse um felino... isso era estranho para um mago...

-Bem, não é crime mudar de roupa é? Ele deu aquele sorriso de novo, o zombador que me irritava... será que era proibido explodir as pessoas nesse mundo?

Então vi o garçom indicando com o dedo um cartaz ao fundo do balcão

“Proibido uso de poderes para brigas”

Droga, sempre acabam com minha diversão.

-As roupas ate vai, mas você era moreno e agora é ruivo!

Será que ele estava achando que eu era louco?

-E quem disse que marrom e ruivo não são iguais? Depende da luz a cor muda, esqueceu que estava na rua? E aqui estamos no bar? Você é míope também? Que triste cego e sem memoria...

Ele ainda fez uma cara de triste como se realmente sentisse pena de mim! Imagina pena do Grande Mago Aidam!? Ele se arrependeria disso, isso eu prometo... para mim mesmo.

- Olha afinal de contas, porque está querendo me irritar?! Um mago de 5° como você não devia me subestimar, deveria é estar lambendo os meus pés.

Nisso toquei seu pulso como se fosse puxa-lo para fora, e na mesma hora falei um comando:

- “Servo”.


Ele agiu com uma agilidade impressionante, nem cheguei a ver o que ele tinha feito direito, mas eu estava com a cara no chão com o cheiro de cerveja velha no meu nariz e a mão que usei para tocar no pulso, ele havia virado contra mim e prendia meu braço nas costas sendo puxado em um ângulo doloroso e a outra mão estava com uma faca de prata no meu pescoço! Nem o vi sacar uma faca, e porque alguém hoje em dia andaria com uma faca?

-O que fez comigo?! A boa noticia é que o tom de voz dele pelo menos não era mais de zombaria, mas a má noticia agora era que usava um tom irritado que estava dando calafrios na minha espinha... mas então lembrei do feitiço e quem era o mestre ali, seria uma vergonha eu apanhar de um mortal desse planeta pequeno e atrasado.

- “Me solte”.

Eu gostaria de falar que minha voz estava calma e tranquila, mas saiu mais como um gemido. Pelo menos o feitiço funcionou e ele me soltou. Quando levantei vi que pelo rosto dele que ele estava tentando entender o que tinha acontecido e ainda não tinha caído a ficha.

-Bem, como disse, eu sou um mago bem mais poderoso que você, essa marca no seu pulso é a prova de que é meu escravo, terá de fazer qualquer coisa que eu mandar, e também saberei onde você está em qualquer lugar da galáxia.

Antes de terminar de falar, ele só olhou no pulso, viu a marca negra que parecia uma tatuagem intrincada cheia de fios em volta do seu pulso direito. Ele sacou outra faca e estava vindo para o meu lado novamente com um sorriso assassino no rosto. Sério, não sabia que os terráqueos eram tão violentos! E cadê o garçom com aquela regra de “sem lutas”? Pelo canto do olho vi que o garçom e os outros do bar estavam abaixados! Traição?! Pelo menos sabia de lado eles estavam. E vi o cartaz novamente com o “Proibido uso de poderes para brigas”, então ele usar facas podia?


- “Pare onde está e guarde as facas!”

Melhor me cuidar com esse cara. Magos geralmente não lutam, usamos feitiços e ate nos damos bem em uma luta normal, mas podia ver que esse cara havia feito um árduo treinamento, mesmo que ele tivesse cara de anjo, o sorriso e o brilho nos olhos não eram assim. Ele guardou as facas por baixo do casaco na parte das costas, devia estar com uma bainha escondida e por isso usava o casaco, mas quem anda com facas hoje em dia?

- Engraçado não ter falado para não te matar. Ou esse feitiço só funciona com ordens no corpo? Caso contrario poderia tomar minha mente, mas não sinto nada, só uma força me obrigando a fazer os movimentos que me pede.

O sorriso no rosto dele estava me assustando, já falei que ele tinha um sorriso estranho? Quer saber como? Imagine o sorriso que um tigre dá ao coelho encurralado e saberá como era o sorriso dele. E ele foi rápido, já achou o defeito do feitiço, realmente não podia mandar em sua vontade, algo haver com “livre arbítrio” odeio essas leis...

-Está certo, livre arbítrio e tals, mas ainda posso controlar seus comandos e não pode usar magia contra seu mestre.

Não precisava falar que ele podia usar de ataques físicos né? O show anterior já mostrava isso.

-Ok, mestre, o que quer de mim? Para tirar esse feitiço claro.

Ele estava bem tranquilo, será que não se importava com o feitiço? Assim não tinha graça...

- Tirar o feitiço só se você for mais poderoso que eu ou que eu o retire claro.

-Ou que você esteja morto?

Olha o sorriso de novo! Aquele que me imaginava morto, ok, preciso me acalmar e arrumar essa situação, é um terráqueo e eu um grande mago...

-Me matar não é tão simples assim, você só teve sorte naquele golpe.

- Ha, mas te matar também serve como liberdade, bom saber. Obrigado por confirmar.

Ele se sentou no banco novamente, e olha só! O povo começou a se erguer dos seus esconderijos... agora! Quando precisei de ajuda ninguém quis se meter.

-Olha, será que poderiam continuar sua conversa amigável lá fora Tanda? O garçom pediu com jeito para o sujeito e me ignorou!

-Ok, Jin. Sinto muito pelo inconveniente, é que esse é um novato e ainda não foi treinado.

Ele deu um sorriso deslumbrante para o garçom, pagou o drink e se dirigiu para a saída. Parou na porta e me olhou.

- Não vai vir? Grande Mago?!

Nunca vi alguém usar tanto sarcasmo falando o meu titulo! E não gostei de como soou.

-Vou, e sem essa de treinar, não sou um cachorro!

-Oras, quem sabe? Se usou um feitiço em mim, não deve saber minha fama.

-Qual é a sua fama? “Assassino da faca”?

Saímos na rua, e o ar fresco me acertou em cheio. A rua ainda estava cheia.

- Para onde vamos então?

-Para onde você estiver morando claro, você me enfeitiçou mestre lembra?

- Não tenho casa aqui, acabei de chegar à cidade.

- E já arruma confusão? Além de míope e sem memoria, é burro, meu deus, não fazem mais magos como antigamente!

- Ninguém te falou que você pode ser MUITO irritante? Vamos para sua casa então.

- Minha casa nem a pau você entra lá! Vamos, tem um motel na esquina, lá será mais do que discreto.

-M- Motel? O que vão pensar de dois caras entrando em um motel?!

-Nada que eles já não pensem sempre que veem essa situação. E qual o problema? Eu gosto de homens.

Ele deu um sorriso sedutor!! Ele estava me seduzindo ou tirando saro da minha cara? Nem eu sabia e preferia que fosse saro, ei não fico com outros machos!

- Eu prefiro mulheres! Bem gostosas e obedientes, coisa que você não é nenhum dos dois. E me recuso a ir para o motel, vamos para sua casa, “me leve agora”.

Não custava usar uns comandos, pelo menos não ia ser visto entrando em motel com um playboy com fetiche por facas!

- Ok mestre...

Ele falou como se tivesse opinião, mas quando dei o comando, ele já estava se movendo em direção a sua casa. Ele não falou nada durante a volta, e a casa era ate perto, bem no centro, uns 3 km de onde estávamos, quando chegamos à rua, ela estava deserta, já era mais de 10hs da noite, mas não devia ser assim vazia né? Ele por fim parou na frente de uma casa simples, um sobrado de dois andares de cor verde claro era cercada de muros baixo de um metro, um grande jardim na frente, ele tocou a porta com a mão e pude ver que usou magia para abrir a porta, esperto, chaves não funcionam contra seres mágicos.

-Entre. Espero que não se sinta em casa. Sente no sofá da sala. Vou pegar uma bebida, estou com sede.

- Eu aceito um copo também.

-Não te ofereci.

Ok, ele era mesmo irritante, mas olhando a sala era bem feminina. Cheia de tapetes feitos à mão, será que ele tricotava? Ou era casado? Bem se fosse seria com um cara, já que ele disse que prefere homens. Sentei no sofá. Ele voltou com dois copos de Whisky Ballantines 21, e me entregou um, havia tirado o casaco e agora podia ver que ele estava com as facas realmente em uma bainha nas costas.

- Não vai tirar as facas também?

Peguei o copo e provei da bebida, meus deuses! O que era aquilo? Ate engasguei...

- Esqueci de avisar que era forte?

Aquele maldito sorriso de inocente era pior que o de sarcasmo.

-E só tiro as facas quando vou dormir, mania minha.

Ele se sentou no sofá de frente ao meu e bebeu do maldito whisky e nem engasgou, já falei como esse mundo é injusto?

-Bem vamos logo aos negócios. O que quer de mim para tirar o feitiço?

Rápido ele não!?

- Que me ajude a encontrar uma pessoa. E faça serviços quando eu precisar, e antes que fale algo, como não fico nessa dimensão por muito tempo, será bem simples. No que você é bom?

- Ajudar a caçar pessoas é minha especialidade, mas estou aposentado. E como assim não fica nessa dimensão?

Ele pegou uma pasta que estava na escrivaninha ao lado do sofá e tirou uma folha e me entregou, no titulo estava escrito “currículo”, olhei para ele, será que era brincadeira?

-Eu perguntei no que era bom e você me dá seu currículo?

- Oras, nele tem tudo que sou bom. Pelo menos o que pode colocar em um currículo.

Não acredito nisso, era a primeira vez que eu olhava um currículo. Bem olhando nele, vi que o nome era diferente do que ele me falou, lá estava escrito “Pyere Dukman” e falava que era um grande historiador, sabia falar umas 30 línguas diferentes, tinha 30 anos, solteiro (ok, não era casado com um cara, isso era reconfortante e estressante ao mesmo tempo, porque? Nem eu sei). Só quando estava lendo as experiências dele que me toquei do nome...

-Peter Dukman era o pseudônimo do roteirista do seriado “4 irmãos”!

-Sim, sou ele por quê?

-É você que estou caçando!

-Eu? O que fiz? Juro que não fiz nada de errado... para você...ainda.

-A cara de inocente não me engana, sabe disso não?

Ele estava com aquele sorriso de anjo novamente. Mas eu não cairia nesse truque, para mim seria sempre um anjo caído.

-Não custa tentar, não?

O sorriso agora era o de sedutor. Esse cara era muito inconstante.

- Mas você é um cara!

-Sim, por quê? Mudou de ideia? Ainda prefiro os homens...

Ele continuava com o sorriso sedutor no rosto. Serio esse cara tinha uma habilidade tremenda... em me irritar!

-Não, mas soube que você era uma mulher (gostosa por sinal) e que na verdade sua historia era verdadeira.

- Hahahahahaha, quantas vezes ouvi isso? Bem, desculpe decepciona-lo, sou um homem, gostoso e tals, mas ainda um homem, e a historia do roteiro é....uma historia, nada demais, peguei de uma lenda antiga quase esquecida que achei em uma das minhas viagens a china a uns 30 anos atrás.

Vou ignorar o “gostoso” que ele citou. Queria uma mulher, e não um louco por facas e bebidas estranhas.

-Mas você é um ser magico, um mago pelo que senti, mas fraco, deve ser mestiço não?

-Sim, sou mestiço. Algum problema?

-Não, mas isso explica o porquê não é tão poderoso. Nem consegue esconder sua presença magica.

“Talvez só não quisesse esconder idiota!” Ela pensou.

-Bem, posso te usar claro.

-Adoro que me usem, mas já aviso que sempre fico por cima.

-Por cima? ...Ei, não estou falando de sexo idiota pervertido!

- Que pena.

Ele estava abrindo a blusa? Juro que o vi abrindo um botão por um segundo...Esse cara era louco!

- Você sempre trás estranhos para sua casa e os seduz? Não tem vergonha na cara?

-Hum... então estou conseguindo te seduzir...isso é algo bom de se saber...pelo menos está se descobrindo.

Ele estava rindo! Claro, joguinhos de palavras, em casa não falamos tanto sobre sexo como esses mortais desse mundo, bando de pervertidos!

- Se não é um dos irmãos e só um meio mago, posso te passar um trabalho, traduzir uns livros que tenho.

-Traduzir? Isso é chato, livro de que?

- Magia, claro! Isso pode te ajudar também, conhecer novos feitiços, posso ate te pegar como meu discípulo, e saiba que é uma grande...

- Merda?

-...honra!

- Ok, vamos fazer assim, traduzo um livro para você e me liberta desse selo.

-Um livro? Está louco? No mínimo estava pensando em trabalhar para mim por um século...mesmo sendo mestiço isso não é impossível para você viver esse tempo.

-Um século? Nem um dia para você! Um livro é o máximo que te darei, só porque foi o primeiro mago a conseguir colocar um feitiço em mim.

-Primeiro? Nunca tinha encontrado um mago antes?

-Não, só escutei falar de vocês, mas achei que estivessem extintos.

-Não, isso é impossível, somos a raça mais poderosa... só sumimos dessa dimensão porque não tinha nada de interessante por aqui.

-Sei... então voltaram porque?

-Só voltei por causa do seriado, me falaram que tinha uns deuses envolvidos.

-Hum, então estão por aqui agora? Vai vir regularmente?

-Sim, ainda quero saber se esses deuses estão vivos ou não

-E se estiverem?

-O que te importa? Você faz perguntas demais, o mestre sou eu!

-Só curiosidade.

- Não sei, deverei comunicar o conselho e veremos o que eles falam.

-Hum...certo. Farei como quer, um século...está com o livro ae?

-Não, mas posso mandar amanha...

Ele se levantou com um sorriso angelical no rosto, mas suas palavras não eram angelicais ou amigáveis.

-Ótimo, então cai fora da minha casa, eu quero dormir... a não ser claro que queria “dormir” aqui, a minha cama está vaga ainda...

-Estou indo... e espero que pare com essas brincadeiras, eu não fico com homens.

Na saída da casa me transportei para um hotel onde fico sempre.

Mio

Quando o idiota/ mago colocou o feitiço em mim, pensei em mata-lo, mas depois pensando bem (e sendo obrigada a larga-lo) pensei melhor, se tem um mago, tem mais, eles nunca andam sozinhos. Além do mais, era o primeiro que conseguiu colocar um feitiço em mim, tinha de considerar isso, e claro, estuda-lo e prevenir para os próximos magos nem terem chance de lançar um feitiço.

Eu sabia que eles são sensíveis a questões sexuais e eu ADORO brincar com isso, então atormenta-lo um pouco não era crime não?! Além do mais com isso ele não perceberia que eu estava o estudando.

Quando chegamos em casa, tive de deixar ele entrar, mas assim que saísse iria redobrar o feitiço, nem ele ia conseguir entrar aqui, afinal meu segredo precisava ser guardado a 7 chaves, nesse caso, eram 7 feitiços. Eu não era maga, ok, mas posso fazer feitiços simples... meus irmãos também, só que eles não quiseram aprender.

Após ele ir embora, eu havia decidido que iria quebrar o selo sozinha, não precisava de alguém me rastreando, nem meus irmãos sabiam onde eu estava, porque um mago poderia saber? Como quebrar o feitiço sem mata-lo ou que ele retire? Fácil, a minha magia é força bruta e a dele é digamos “delicada”, só precisei me concentrar e colocar uma boa quantia do meu poder direcionada ao selo e imagina-lo sendo rasgado, dois segundos depois o selo sumiu. Como ele era poderoso deve ter sentido que quebrei o selo, mas ele não iria conseguir entrar aqui essa noite. Meus feitiços consistiam em imaginar uma redoma com 7 camadas, cada uma que conseguisse entrar perderia um sentido ou membro do corpo. Agora eu poderia dormir. Mudei minha forma para a minha, cabelo longo liso negro azulado solto na altura da cintura, pele clara, olhos negros roxeados, cintura fina, e digamos que de corpo nunca tive problemas em conseguir um amante e então me dirigi ao andar de cima, fui no banheiro tomei um banho e depois nua me enfiei na cama. Claro, já havia alguém nela dormindo profundamente, era uma jovem de 15 anos, cabelos pretos longos espalhados na cama, quando acordada veria que chegava à cintura, era morena, quase chocolate como eu diria, e era meu precioso segredo, ela era minha filha.


Aidam

Acordei sentindo dor, isso era novidade, meu pulso doía e o quarto estava escuro. Achei por um momento que fosse o doido me atacando novamente.

- "Luz"

Olhei meu pulso e estava preto, tinha uma marca preta no pulso, onde o idiota havia apertado ontem, mas esse era diferente, era o feitiço que coloquei, havia se rompido, ou melhor, foi rompido a força, impossível acreditar não? Como um iniciante como aquele teria feito isso? Mas ele fez. Pensei em como ele se mostrou confiante... ok, ele estava mais era para presunçoso psicopata, mas ele não iria embora da cidade facilmente, se fosse um mago, colocaria barreiras na casa...e como estava com sono, não iria me levantar e passar a noite tentando entrar na casa, então virei para o lado para voltar a dormir, antes de dormir, mandei um ultimo comando por sms, claro. Para A.C., o vampiro...

“Vá e vigie a casa que estou te mandando o endereço.”

Ele mandou um texto com a mensagem “Ok” e apaguei.

No nascer do sol, estava de pé e troquei de lugar com ele. Ele só disse que ninguém saiu da casa. Assim que ele saiu, analisei a barreira envolta da casa. Era boa, sete camadas, impossível entrar sem convite. E entrar a força me esgotaria a magia e algo mais provavelmente, ele era bom, melhor do que pensei ontem... fiquei de guarda no outro lado da rua.

-“Banco”.

E apareceu meu banco favorito, um sofá todo estofado com estampa estilo oriental. Sentei e esperei, ele teria de sair uma hora não? Até o momento só vi dois pássaros pretos (não sabia que tinha corvos por aqui) saindo da janela no segundo andar, devia ter um ninho ali.

Após umas 2hs esperando alguma coisa, e tentando ver uma forma de entrar sem perder minha magia é que me caiu a ficha. Se eu não podia entrar, como dois corvos entraram e depois saíram? Filho da mãe, ele era REALMENTE bom, nem eu consigo mudar de forma! Na verdade nenhum mago consegue, só uma raça conseguia pelo que eu sabia: Deuses. Ele havia me enganado MESMO, era um dos irmãos MALDITOS da lenda.

Quando percebi isso e levantei para ir atrás dele, senti uma presença magica se aproximando, guardei o sofá ( - “desapareça” merda!) e esperei, só vi um gato preto saindo do beco atrás de mim. Então quando ele estava na minha frente, ele ficou de pé, e começou a crescer, em seguida tinha uma forma humanoide felina (era uma mulher claro), e então se tornou uma humana (se é que humanos faziam isso), era uma mulher meio asiática, com roupas pretas: um tomara que caia preto, bermuda jeans justa e curtíssima e botas pretas de salto alto, o cabelo preto liso ia ate a cintura, e o sorriso como se soubesse que era linda, e claro, achei que era um presente para mim, vai que A.C tivesse ficado com dó de mim o dia todo ali parado?

- Ola querido, trouxe o livro?

Se o que ela falou não tivesse me feito cair ficha, o sorriso sarcástico teria, era o mesmo de ontem no rosto do Tanda!

-Tanda?!

Ok era bonita mesmo, e não era todo dia que via uma mulher mudar de gata seminua, para uma (gata) mulher bem vestida assim (as roupas eram ótimas, serio, nem estava olhando para o decote!).

- Mio, na verdade, Tanda é meu o irmão...

- Então você é mesmo uma mulher? E é a irmã da lenda!

Ela deu um sorriso angelical, que nesse rosto sim ficou como um anjo. Mas esqueci de olhar nos olhos dela, e ela me deu uma rasteira e quando vi, era a segunda vez em menos de 24hs que estava na mesma posição, cara no chão, braço imobilizado e faca no pescoço. Enquanto estava no chão e pensava em como sair daquela posição, meu cérebro só registrou uma questão: onde ela escondeu a faca?

-Sim, sou e se parar de olhar para o decote agradeço.

Ok estava olhando mesmo, admito, mas a reação dela foi exagerada, imagina se todas as mulheres quase quebrassem o braço do homem que olhasse seu decote?

-Certo, irei parar, se me soltar paro de olhar o chão também, esse aqui está mais “limpo” que o de ontem sabia?

-Te soltar? Quem disse que iria te soltar? Só queria te fazer lamber o chão mesmo.

Que garota “problemática” o escambal, ela era louca! A.C. me pagava depois!

-Posso saber o que fiz para tanta violência? Sua casa ainda está intacta!

-Ainda né?

Certo, duas vezes com a cara no chão e uma faca no pescoço já era demais, ate mesmo um mago bonzinho iria ficar irritado.

- “Faca derreta e vento”.

Com isso a faca derreteu e um vento a levantou e se tornou um mini tornado embaixo dela, segurando ela no ar. Enquanto me levantava para ver como ela estava se sentindo por levar o troco, ela havia se tornado gato novamente e pulado para longe do tornado, voltou à forma humana, e pelo visto furiosa.

-Minha faca!!!!

Eu não disse que ela tinha problemas sérios com facas?

Ela pulou em cima de mim com outra faca na mão, injusto ela estar zangada comigo por uma faca se ela tinha duas? Tenho a impressão que falar isso não iria ajudar na situação. Enquanto ela pulou, fiz uma redoma de vento ao meu redor, ela não iria me tocar novamente, o vento a pegou no meio do pulo e a jogou longe, mas antes dela se chocar na lata de lixo do outro lado da rua, ela virou um corvo (era a prova do que vi hoje cedo!) e voou em minha direção, claro o vento a impediu de chegar mais perto.

- “Gaiola”

A gaiola que materializei no ar onde ela estava, mas não conseguiu pegá-la, pois ela virou um gato novamente e mudou de direção, e ao pousar no chão já era humana novamente, ela deu um giro com chute no ar e estraçalhou a gaiola. Ela era muito rápida em transformação, concerteza era bem experiente.

- Ei, eu gostava dessa gaiola!

Ela nem ouviu, continuou avançando para cima de mim, será que o vento não ensinou a lição na primeira vez?

-E eu adoro a minha faca!

Ela falou isso enquanto trombava com o vento, e seu braço esquerdo foi todo repicado pela força do vento. Quando fiquei com dó e iria desfazer o feitiço, vi que o braço se curava em seguida, claro quando vi isso o braço em questão me acertou um soco que me fez voar para a parede atrás de mim. Apaguei quando bati a cabeça na maldita parede.

Quando acordei, a vista estava bem melhor do que pensei que estaria, ela havia sentado em cima de mim, a faca novamente no meu pescoço, mas dessa vez eu não estava com a cara no chão, e sim com uma visão privilegiada do decote dela. Minhas mãos estavam presas no chão por uma espécie de cipó que saia do chão, ela deve ter conjurado eles.

- Olha, nada contra a visão, mas porque a violência toda?

- É melhor fazer minha faca voltar ao normal, ou irei destripa-lo e despedaça-lo com essa aqui...

- Porque eu iria te dar mais uma faca se com uma você já está me fazendo em “pedaços e destripado”...?

- E vai me falar onde escondeu o Tanda!?

Ok, a visão era boa, os olhos dela me dizia que ela teria prazer em fazer comigo o que ela disse, mas falar o nome de um cara? Isso acaba com qualquer clima. Até que lembrei que ela disse que o irmão se chamava Tanda.

-Ei, não sei nada do seu irmão, nem sabia que ele estava na cidade!

Quando na minha situação, melhor falar a verdade. Odiaria perder a cabeça, ou qualquer parte do corpo. Ao contrario dos deuses, ou no caso dela semideusa, eu não iria me curar ou regenerar, apesar de que mesmo que cure ela sente a dor, ela deviria ser masoquista por ter feito o show com o vento e o soco não?

- Você viu como ele se parece, sabe que era um semideus, concerteza quer o sangue dele, como fez com minha mãe! Onde você o prendeu? E é melhor nem ousar fazer piada, ou fala o local ou nem precisa falar nada.

Nesse caso, ficar calado ajuda? Como não sei fazer isso de qualquer forma, é por isso que vivo com problemas com o conselho.

- Se me cortar a cabeça será difícil conseguir saber onde ele está.

-Podemos descobrir na pratica...

-Mas não fui eu, se fosse eu falava, não ia perder minha cabeça por um cara. Literalmente e figuradamente...

- Se não foi, sabe quem foi. Então fale logo!

-Serio, ninguém falou que você é muito mandona? Não sei quem foi, e nem como foi, olha, se eu tivesse pegado seu irmão, teria passado a manhã toda na frente da sua casa? Eu nem sabia que você era semideusa antes de aparecer como gato!

Ela pareceu pensar um pouco no que disse, afrouxou a faca e então apertou novamente. E vi que a morte havia chegado ao olhar em seus olhos...

-Mas posso te ajudar a achar outros magos nessa dimensão!

A faca afrouxou novamente e ela me encarrou com uma cara de nojo...

- Fale

- Sou do conselho, só tenho de voltar na minha dimensão e então vejo o arquivo de quem veio para cá esses dias, volto e te passo.

Ela pensou mais um pouco, então se levantou. Me olhou como se não passa-se de lixo, mas vi em seus olhos uma tristeza profunda, como se ela pensasse que o irmão estava morto, ou porque sentia pena de não me matar? Ela se transformou em um corvo e voou para longe.

- Ei, tira esses cipós!

Acabei de falar e o cipó se desfez. Ela não falou se iria me esperar, mas achei melhor voltar para casa e verificar isso, ela tendo me ameaçado ou não, se havia magos capturando semideuses nessa dimensão eu como membro do conselho deveria verificar isso. Antes de ir, vi a poça no chão prateada, os restos da faca dela, falei “faca” e o liquido voltou a forma de faca, guardei comigo, quando a visse novamente lhe devolveria. Abri o portal e voltei para casa.

Mio

Ela havia acordado essa manha como todas as outras. Mas sentiu ter um vampiro nas redondezas, provavelmente coisa do mago... logo ele teria de sair, vampiros não poderosos para fazer vigila por 24 horas. Fadas sim, mas vampiros não. Logo ao nascer do sol, ela e a May estavam prontas para sair, teriam de abandonar a casa, ela pretendia matar o vampiro e então ambas poderiam sair normalmente. Quando ela estava tocando a maçaneta para sair sentiu o mago chegando, então voltou ao segundo andar com a filha, as duas viram quando eles trocaram de turnos. Então ambas decidiram sair de fininho, se transformaram em corvos e saíram pela janela, o idiota nem perceberia, já que ambas esconderam suas presenças.

Após estarem longe, voltaram à forma humana em um beco e se misturaram a multidão. Quando estavam em uma lanchonete tomando café da manha, Mio teve uma visão:

Ele estava amarrado em uma cadeira, vários fios saiam de seu corpo, e ele estava todo machucado, como se tivesse sido espancado ate a morte, mas como se curava rápido ele estava vivo, nem dava de ver quem era pelo estado que estava o rosto, só sabia que era um homem porque a camisa estava rasgada em tantos pedaços que era como se nem estivesse vestindo uma. A calça pelo menos estava inteira... ele estava desmaiado pelo que podia notar, ou fraco demais para sequer acordar...então como se sentisse que ela estava vendo ele, ele abriu os olhos azuis e falou seu nome: Mio...e então desmaiou novamente...mas pelo menos ela sabia quem era, apesar de preferir não saber...era o seu irmão Tanda.

Quando voltou a si, estava na lanchonete com sua filha, e seus olhos estavam cheios de lagrimas. Ao olhar indagador de sua filha, ela só disse:

-Pegaram o Tanda.

Sua filha já a conhecia o suficiente, afinal havia 30 anos que estavam juntas. Desde que ela achou o bebe escondido na vila na China, que ela dizimou. Ela não se orgulhava do que havia feito, mas viu na menina um futuro que nem ela tinha o direito de mudar. E desde então havia criado e ensinado a menina tudo que sabia, ela a via como se fosse sua filha de carne e sangue, mesmo ela sendo uma loba, Mio sabia que os lobos foram criados para ser uma copia dos 4 irmãos originais, então com treino ela poderia mudar de forma como a mãe. Ela sabia que não era filha dela, e conhecia a historia dos seus pais, os lideres da aldeia, mas desde pequena ela jamais condenou Mio pelo que fizera, ficou curiosa e perguntou uma vez o porquê, quando Mio respondeu com um simples:

-Porque achei necessário.

Ela não perguntou mais. Como não perguntou quando lhe disse em seguida:

-Você vai conhecer seu tio agora.

E lhe deu uma carteira onde continha os documentos que ela precisava para a nova identidade. As duas se abraçaram e despediram, o lado bom na May era que Mio tinha absoluta certeza que ela saberia se cuidar, e chegaria ao destino sem problemas, já a própria Mio tinha uma missão a cumprir e sabia de um mago que era o responsável pelo que fizeram ao seu irmão. Ate sabia onde encontra-lo.

Após a luta entre ambos, ela viu que ele realmente não sabia nada, e “voltar e ver os registros” soou como “voltar e ficar livre de você me matar”, ela havia pensado seriamente em mata-lo como previa do que faria aos que tocaram em seu irmão, mas como ele era o único ser que ela tocou e não conseguia ver o futuro, decidiu deixa-lo vivo e deixar o destino decidir seu futuro, mas se voltassem a se encontrar ela não seria tão branda com ele novamente.

Se ele não sabia de nada, ela mesma faria sua caça, afinal esse era seu dever desde seu nascimento, só que dessa vez, não haveria julgamento, só a sentença a ser executada: Morte, e com muita dor!

Ela deu um sorriso que faria qualquer um com senso de auto preservação correr por suas vidas. E ela estava sedenta por sangue, pois ninguém tocava em sua família e saia vivo para contar a historia...


Continua...no próximo capitulo teremos o desfecho com o Tanda e talvez o mago volte...previsão do próximo capitulo: 30 dias.
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